Zuckerberg depõe em processo que acusa Meta de monopólio após compra do Instagram e WhatsApp
Meta enfrenta julgamento que pode levar à separação do Instagram e WhatsApp, após acusações de monopólio pela FTC. Mark Zuckerberg depõe e defende que a empresa atua em um mercado mais amplo de mídias sociais e entretenimento.
Julgamento contra a Meta começou nesta segunda-feira (14) em Washington. CEO Mark Zuckerberg prestou depoimento. Se a Meta perder, pode ter que se separar do Instagram e WhatsApp.
A FTC (Comissão Federal de Comércio) apresentou uma ação em 2020, acusando a Meta de adquirir o Instagram e WhatsApp para "eliminar ameaças ao seu monopólio".
Zuckerberg deve mostrar que os serviços se tornaram essenciais devido aos investimentos da empresa. Em caso de sucesso da FTC, a Meta poderá ser obrigada a desfazer as aquisições, alterando a dinâmica do mercado de tecnologia.
O tribunal estava lotado. Advogados do governo pressionaram Zuckerberg a definir o mercado de redes sociais como aquele que conecta apenas amigos e familiares, buscando provar que a Meta domina essa área.
A FTC argumenta que a Meta consolidou um monopólio ao adquirir Instagram e WhatsApp quando eram pequenas startups. "Decidiram comprar rivais ao invés de competir", disse o advogado Daniel Matheson.
Zuckerberg, por outro lado, descreveu o mercado como maior, afirmando que conectar pessoas é apenas uma parte das atividades da Meta.
Os advogados da Meta negaram as alegações, citando forte concorrência de plataformas como TikTok. O advogado Mark Hansen afirmou que as aquisições para crescimento não são ilegais nos EUA.
O juiz James Boasberg preside o julgamento, que é uma das cinco maiores ações legais contra gigantes tecnológicos nos EUA. A FTC deve provar que a Meta abusou de sua posição ao comprar o Instagram por US$ 1 bilhão e o WhatsApp por US$ 19 bilhões.
A Meta nega monopólio, argumentando que seus concorrentes estão inovando para atrair usuários.