Zuckerberg atribui sucesso de Instagram e WhatsApp ao Facebook durante julgamento
Mark Zuckerberg defende aquisições de Instagram e WhatsApp em tribunal, alegando que sem a Meta, esses aplicativos não teriam alcançado o mesmo sucesso. O julgamento, que pode resultar na venda dessas plataformas, destaca a batalha antimonopólio enfrentada pela empresa no setor tecnológico.
Mark Zuckerberg declarou que o Instagram teria “muitas dificuldades” para crescer sem o Facebook, e que o WhatsApp “não tinha ambição suficiente”.
As declarações foram feitas durante um julgamento em Washington, onde a FTC acusa a Meta de adquirir esses aplicativos para eliminar a concorrência.
Se a decisão for favorável à FTC, a Meta pode ser forçada a se desfazer do Instagram e do WhatsApp. Zuckerberg defendeu que esses serviços não teriam alcançado tanto sucesso sem os investimentos da Meta, ressaltando que “é muito difícil chegar a este tamanho”.
O Instagram possui atualmente 2 bilhões de usuários, e Zuckerberg afirmou que seria “improvável” o sucesso sem a empresa californiana.
Sobre o WhatsApp, descreveu-o como “tecnicamente impressionante”, mas destacou a falta de ambição dos fundadores.
O julgamento, que começou na segunda-feira, pode durar até oito semanas. A FTC argumenta que a Meta adquiriu o Instagram em 2012 por 1 bilhão de dólares e o WhatsApp em 2014 por 19 bilhões de dólares para eliminar “ameaças imediatas”.
Zuckerberg rechaçou essa interpretação, dizendo que a intenção nunca foi prejudicar o Instagram e que o Facebook já desenvolvia sua própria ferramenta de fotografia na época.
A disputa também envolve a definição de mercado, com a FTC argumentando que os serviços da Meta fazem parte das “redes sociais pessoais”, cuja experiência para o usuário teria piorado.
Zuckerberg apontou a concorrência com o TikTok e YouTube, indicando que o crescimento da Meta desacelerou. “O TikTok continua sendo maior que Facebook ou Instagram”, lamentou.
A Meta enfrenta uma ação antimonopólio significativa, seguindo um padrão de processos contra gigantes tecnológicos como Google, Apple e Amazon.
Com informações da AFP