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Zelenski enfrenta primeiros protestos desde o início da guerra; veja vídeo

Protestos em massa refletem descontentamento popular após mudança na legislação que enfraquece órgãos anticorrupção. Zelenski promete um novo plano para combater a corrupção em resposta às manifestações.

Protestos contra Zelenski

O presidente ucraniano Volodimir Zelenski enfrentou os primeiros grandes protestos desde a invasão russa, em 24 de fevereiro de 2025. Manifestantes saíram às ruas em diversas cidades, criticando o fim da independência dos órgãos de investigação de corrupção.

O líder aprovou uma lei que subordinou os inquéritos contra autoridades ao Executivo, levando à crítica do chefe do Escritório Nacional Anticorrupção, Semen Krivonos, e do procurador-geral anticorrupção, Oleksandr Klimenko. O Nabu, fundado com apoio do FMI em 2015, foi acusado de ter relações com políticos pró-Rússia.

Zelenski defendeu a lei, afirmando que o combate à corrupção continuará. Enquanto isso, cerca de 1.500 pessoas protestaram em Kiev, além de manifestações em Lviv, Kharkiv, Dnipro e outras cidades. O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, também participou das manifestações.

Os manifestantes pediram que Zelenski vetasse a lei, enquanto a mídia criticou o presidente por “trair a democracia”. O Kyiv Independent afirmou que Zelenski está abandonando os princípios pelos quais os ucranianos lutam.

Na manhã seguinte, Zelenski prometeu um novo plano anticorrupção em duas semanas, reconhecendo a pressão da sociedade. O chefe do serviço de inteligência militar, Kirilo Budanov, pediu diálogo para manter a unidade nacional durante a guerra.

A nova legislação foi amplamente criticada por líderes internacionais. A comissária europeia Marta Kos destacou o desmantelamento de salvaguardas essenciais. A UE e outros órgãos expressaram preocupações, ressaltando que a transparência é crucial para a adesão da Ucrânia à União Europeia.

A medida pode prejudicar investimentos, segundo a OCDE, e a pressão por maior transparência se intensifica, especialmente em um momento em que o governo enfrenta desafios internos significativos.

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