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Zanin toma de ministro do STJ investigação sobre venda de sentenças no Tocantins

Ministro do STF assume investigação sobre vazamento de dados em processos judiciais. Controvérsias envolvem diálogos entre prefeito de Palmas e advogado, revelando ligações com magistrados em investigações anteriores.

Polícia Federal resgatou diálogos reveladores sobre vazamento de dados de investigações sob relatoria do ministro João Otávio de Noronha, do STJ.

O ministro Cristiano Zanin, do STF, decidiu avocar os autos da Operação Maximus. Ele não comentou sobre o assunto.

Noronha é ministro do STJ desde 2002 e foi presidente entre 2018 e 2020. A Maximus investiga venda de sentenças por magistrados do Tribunal de Justiça do Tocantins.

Zanin conduz a Operação Sisamnes, que apura corrupção e vazamentos em tribunais de Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Os diálogos capturados pela PF referem-se à Operação Maet, que investiga magistrados do Tocantins e foi deflagrada em 2010. Conversas entre o prefeito de Palmas, José Eduardo de Siqueira Leite, e o advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho indicam desvio de dados sigilosos.

O advogado está preso desde 9 de abril, e seu habeas corpus ainda não foi julgado. As conversas recuperadas ocorreram em junho de 2022, enquanto a Maximus ainda estava sob sigilo.

Siqueira revelou ao advogado sua proximidade com Noronha e antecipou que ele seria o relator da Maximus. Ele também mencionou possíveis consequências para juízes e advogados sob investigação.

Na conversa, Siqueira detalhou um antigo encontro com Noronha, onde foi alertado sobre a Operação Maet. Ele falou sobre o afastamento de desembargadores, supostamente ligados à venda de sentenças.

A Operação Maet resultou na prisão de juízes, que ainda respondem a ações penais. A PF cumpriu mandados de condução coercitiva e realizou buscas em Palmas a pedido de Noronha, visando apurar casos de corrupção.

Com informações do Estadão Conteúdo

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