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Zanin nega pedido de prisão de prefeito de Palmas (TO) e buscas no STJ

Ministro do STF barra buscas da PF no STJ e proíbe contato entre investigados. A operação investiga a venda de sentenças e vazamento de informações sigilosas, envolvendo o prefeito de Palmas e um advogado com ligações políticas.

Ministro Cristiano Zanin, do STF, negou pedido da Polícia Federal para buscas em gabinetes do STJ na 9ª fase da "Operação Sisamnes", realizada em 30 de setembro.

Zanin também não autorizou a prisão e o afastamento do prefeito de Palmas (TO), Eduardo de Siqueira Campos (Podemos), alvo da operação. Contudo, proibiu o contato entre investigados e a saída do país de Siqueira Campos e do advogado Michelangelo Cervi Corsetti.

A operação investiga um esquema de venda de sentenças no STJ e em outros tribunais. O foco atual é o vazamento e comercialização de informações sigilosas que comprometem investigações da PF.

O prefeito teria acessado detalhes de operações policiais que afetavam magistrados do Tocantins, prejudicando medidas judiciais.

Além disso, investiga-se se o advogado Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), estaria recebendo privilégios ilegais na cadeia. Thiago foi preso em março na operação, e o governador não é alvo.

Recentemente, uma fase da operação prendeu um grupo de "espionagem e extermínio", incluindo militares, relacionado ao assassinato do advogado Roberto Zampieri. Isso desencadeou a investigação do esquema de venda de sentenças.

Na autorização para a investigação, Zanin alertou sobre a letalidade do grupo C4 (Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos), afirmando que possui capacidade operacional e bélica elevada, devido ao treinamento militar especializado de seus integrantes.

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