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Zamp: Fit Part questiona motivos do Mubadala e alinhamento da RBI

Family office questiona proposta do Mubadala Capital para retirada da Zamp do Novo Mercado. A Fit Participações vê movimentação como uma ameaça à governança e aos interesses dos minoritários.

A Fit Participações, family office dos ex-banqueiros Tom Freitas Valle e Fernando Prado, questiona a proposta do Mubadala Capital de retirar a Zamp do Novo Mercado.

A Fit considera a ação um “retrocesso de governança” que pode gerar pressão vendedora e favorecer os interesses do fundo soberano de Abu Dhabi.

A tese da Fit sugere que o Mubadala planeja adquirir outro ativo do setor, como a South Rock, para incorporá-la à Zamp, diluindo os atuais acionistas. As regras do Novo Mercado, que proíbem tais incorporações, seriam um obstáculo para esse plano.

Apesar de ser o maior acionista da Zamp, o Mubadala não se considera parte relacionada e não indicou nomes para o conselho.

A Mar Asset, que possui 6% do capital, enviou propostas para a assembleia de 3 de janeiro, incluindo a adoção de um poison pill para proteger os minoritários e garantir conselheiros independentes.

A proposta da Mar também visa limitar o poder de voto de acionistas a 25% em questões sobre remoção de proteções caso a saída do Novo Mercado seja aprovada.

A decisão está empatada: Fit e Mar possuem 26% do capital, enquanto o Mubadala tem cerca de 30%. O apoio da Restaurant Brands International (RBI), com 10%, pode ser decisivo.

A Fit teme um conflito de interesses entre a Zamp e a RBI, que recebe royalties independentes da lucratividade das lojas.

Enquanto o Mubadala defende a abertura de 70 a 80 novas lojas por ano, Fit, Mar e management advogam por eficiência, propondo redução de capex e fechamento de lojas deficitárias para aumentar geração de caixa.

A RBI, sob nova direção de Patrick Doyle, pode estar mudando sua estratégia, colocando a rentabilidade dos franqueados em foco. A Fit acredita que a agenda de crescimento do Mubadala prejudica a Zamp a longo prazo.

Estima-se que cada nova loja gera cerca de US$ 50 mil em royalties anuais para a RBI, mas a Fit adverte que a RBI não deve “patrocinar um retrocesso enorme de governança” por um lucro imediato.

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