Zambelli na Itália? Caso do Mensalão abre precedente para extradição; entenda

Carla Zambelli, deputada federal (PL-SP), foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF e avalia pedir asilo político ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump.

A prisão preventiva foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, que solicitou sua inclusão na lista vermelha da Interpol, restringindo seus deslocamentos internacionais.

Após deixar o Brasil pela Argentina em maio, Zambelli está atualmente nos EUA e reconsiderou sua viagem à Itália, onde possui cidadania, devido à inclusão na Interpol. Ela pretende alegar perseguição política e problemas de saúde para pleitear proteção nos EUA.

Ainda não há confirmação oficial sobre o pedido de asilo ou resposta das autoridades americanas. O processo de extradição do Brasil para os EUA pode ser complexo, pois envolve várias etapas que começam com a formalização do pedido pelo Ministério da Justiça.

O fato de Zambelli ter cidadania italiana pode dificultar um pedido à Itália. Sua permanência nos EUA dependerá do status migratório e da concessão de asilo, um cenário incerto.

A saída do Brasil após a condenação é vista como tentativa de fuga, o que justificou a prisão preventiva. Zambelli afirma que deixou o país por motivos de saúde.(Ela foi condenada por orientar um hacker a inserir documentos falsos no sistema do CNJ.)

A repercussão internacional e o pedido de extradição testarão a diplomacia brasileira e as decisões do STF fora do país. O caso pode se tornar um marco sobre a responsabilização de parlamentares com dupla cidadania.

Se a Itália se recusar a extraditá-la, um novo impasse diplomático pode surgir, especialmente em um contexto de tensões institucionais. A defesa de Zambelli ainda pode recorrer da condenação, tornando o processo um símbolo da reação institucional contra tentativas de ruptura democrática.