Zambelli diz que vai se apresentar a autoridades na Itália

Carla Zambelli, deputada federal licenciada (PL-SP), anunciou à CNN que pretende se apresentar voluntariamente às autoridades italianas. A declaração foi feita após o STF rejeitar seu recurso contra condenação a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do CNJ.

A deputada afirmou não reconhecer a legitimidade das decisões de Alexandre de Moraes e alegou ser alvo de perseguição política. Zambelli disse: “Fui condenada sem provas” e expressou o desejo de “provar isso” na Itália.

Ela deixou o Brasil em 3 de junho de 2025 e informou que seu advogado havia se retirado da defesa. No dia seguinte, Moraes encaminhou sua prisão preventiva e a suspensão de suas redes sociais.

No dia anterior, a Câmara dos Deputados concedeu uma licença de 127 dias à deputada sob a justificativa de “tratamento de saúde”. Zambelli também teve seu nome incluído na lista vermelha da Interpol, sendo considerada foragida internacional.

A condenação foi pela 1ª turma do STF em 14 de maio, onde Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto foram encontrados culpados por crimes relacionados ao sistema do CNJ. A acusação afirma que a invasão visava emitir um mandado de prisão para Moraes.

O relator, Moraes, votou pela perda do mandato de Zambelli e por sua inelegibilidade por 8 anos. Ela e Delgatti também devem pagar R$ 2 milhões por danos coletivos. Zambelli mencionou problemas de saúde, incluindo síndrome de Ehlers-Danlos e declarações sobre não conseguir sobreviver na prisão.

A defesa recorreu da decisão do STF, alegando cerceamento de defesa e contestando a indenização, afirmando que o valor foi arbitrário e sem critérios objetivos.