XP EXPERT: Próximas decisões do Copom devem ser ‘entendiantes’, avalia Ibiuna
Gestor do Ibiuna Investimentos prevê estabilidade na política monetária do Brasil e alerta sobre possíveis desafios para a inflação. Ele destaca que as decisões do Copom devem gerar pouca agitação no mercado nos próximos trimestres.
Decisões de juros do Banco Central não devem trazer novidades em quatro a seis reuniões do Copom, segundo Rodrigo Azevedo, gestor da Ibiuna Investimentos.
A política monetária será um assunto “entediante” no curto prazo. Azevedo destaca que a taxa Selic deve demorar para cair, exigindo que a comunicação do BC reflita essa realidade.
Para alcançar a meta de inflação de 3% até o quarto trimestre de 2026, a Selic precisaria estar em um nível “muito mais alto”. Portanto, o Copom optou por um aumento mais moderado da Selic e um ajuste mais demorado.
Azevedo questiona se o grau atual de restrição monetária será suficiente para reduzir a inflação a 3% nos próximos anos. Ele aponta que fatores como:
- mercado de trabalho forte
- medidas de transferência de renda
- aumento do crédito subsidiado
têm diminuído a eficácia da política monetária, mantendo o juro real perto de 10%.
Em relação à gestão, Azevedo prevê volatilidade até 2026, especialmente com a aproximação das eleições presidenciais.
Ele também menciona que a tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros traz um impacto político relevante, fortalecendo a popularidade do governo.