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Xangai recebeu 20.000 judeus fugitivos da 2ª Guerra Mundial

Xangai foi um refúgio crucial para judeus durante o Holocausto, recebendo uma grande influxo de refugiados europeus. Hoje, a comunidade judaica na China é significativamente menor, concentrando-se em cidades como Xangai, Pequim e Hong Kong.

Xangai foi o lar da maior comunidade judaica da China nas décadas de 1930 e 1940. A cidade recebeu cerca de 20.000 refugiados europeus durante o regime nazista.

Hoje, a população judaica na China é de 2.500 a 5.000 pessoas, quatro vezes menos do que os refugiados recebidos. As maiores concentrações estão em Xangai, Pequim e Hong Kong.

Xangai atraía os judeus por não exigir vistos e garantir a aceitação. A cidade era multicultural, facilitando a adaptação dos refugiados.

Os primeiros judeus chegaram em 1933, bem recebidos pela comunidade local, mas sofreram perseguições. Em 1941, o exército japonês ocupou a cidade, confinando cerca de 15.000 judeus no bairro de Tilanqiao, o “gueto judeu”. Eles eram restritos a uma área de 2,5 km².

No gueto, preservou-se a sinagoga Ohel Moishe, construída em 1921, que hoje é um museu. A sinagoga Ohel Rachel ainda está de pé, mas abriga um comitê municipal.

Após a 2ª Guerra Mundial, a maioria dos judeus deixou Xangai, buscando retornar à Europa ou migrar para a Oceânia e América Latina. A guerra civil na China e o desejo de reencontrar parentes influenciaram essa saída.

Antes da imigração na década de 1930, já existiam judeus na China, conhecidos como “judeus de Kaifeng”, que vieram no século 8 devido ao comércio na Rota da Seda. Hoje, existem cerca de 1.000 descendentes deles na China, com aproximadamente 20 famílias mantendo tradições judaicas.

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