WSJ defende soltura de Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, e questiona STF
Editorial do The Wall Street Journal pede liberação de Filipe Martins e critica uso de registros falsos como justificativa para sua detenção. O texto aponta a fragilidade das evidências e defende que Martins deveria estar livre para preparar sua defesa.
The Wall Street Journal publicou um editorial defendendo a libertação de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar no Paraná. Ele é suspeito de participar da tentativa de golpe de Estado em 2022.
O editorial aponta que o Supremo Tribunal Federal (STF) estaria utilizando registros “falsos” do Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP) como justificativa para a detenção, afirmando que as evidências são comprometidas.
Martins foi detido em fevereiro durante a operação Tempus Veritatis. É acusado de fazer parte do núcleo jurídico da trama golpista, elaborando minutas para decretar estado de sítio. Ele nega as acusações.
Os registros do CBP alegam que ele entrou nos EUA no final de 2022 com a comitiva de Bolsonaro, o que Martins contesta. O embaixador André Chermont confirmou que ele não viajou com Bolsonaro.
A defesa questiona a autenticidade dos registros e sugere possível adulteração. O editorial surge em meio à crise institucional após Donald Trump anunciar tarifas sobre produtos brasileiros, mencionando o julgamento de Bolsonaro no STF.
O jornal sugere uma investigação sobre a divulgação dos registros falsos do CBP e ressalta que Martins, que está em prisão domiciliar desde julho, nunca teve a intenção de fugir ou obstruir a Justiça.