“WSJ” aponta irregularidades de fundador do Fórum Econômico Mundial
Investigação interna revela gastos questionáveis e conduta inadequada de Klaus Schwab durante sua gestão no FEM. O fundador contestou as alegações, defendendo sua trajetória de 55 anos à frente da organização.
Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial (FEM), está sob investigação interna por gastos não autorizados e comportamento impróprio durante sua gestão.
A investigação, conduzida pela Homburger, começou após uma denúncia de um informante. Schwab, de 87 anos, deixou seus cargos na Páscoa e não possui vínculos atuais com a organização.
O Wall Street Journal reportou que a investigação revelou que Schwab tratava o FEM como seu "feudo" e tolerava práticas de intimidação. Ele fez comentários inapropriados a funcionárias, incluindo um e-mail a uma executiva sênior em junho de 2020.
Os gastos em questão incluem mais de US$ 1,1 milhão em despesas de viagem, como voos de 1ª classe para sua esposa, Hilde, que não tinha função formal no FEM desde 1973.
Além disso, o casal gastou cerca de US$ 63.000 em viagens a destinos turísticos, como Veneza e Miami, com pouca evidência de negócios. A investigação identificou ainda 14 massagens pagas com fundos do FEM.
Schwab recebia um salário anual fixo de 1 milhão de francos suíços (cerca de US$ 1,3 milhão) e uma verba para custos de entretenimento. A investigação já entrevistou mais de 50 pessoas e deve apresentar um relatório final até o final de agosto.
Os investigadores também descobriram que Schwab solicitou alterações no Relatório de Competitividade Global do FEM, visando melhorar a pontuação da Índia em relação ao Reino Unido.
Após as acusações, Schwab respondeu que nunca usou o FEM para enriquecimento pessoal e se via como uma figura paterna para jovens funcionários, desejando que a organização continue sendo um "construtor de pontes" no futuro.