WEG: mais um balanço, mais uma baixa; por que ação cai mesmo com projeções modestas?
Apesar de um crescimento de 10,4% no lucro líquido, os resultados da WEG ficaram abaixo das expectativas do mercado, gerando forte queda nas ações da empresa. Análises apontam que incertezas macroeconômicas e tarifas comerciais podem impactar negativamente o desempenho futuro.
Ações da WEG (WEGE3) caem novamente após o balanço do segundo trimestre de 2025.
Na sessão de quarta-feira (23), os papéis da empresa chegaram a cair mais de 5%, fechando com um recuo de 3,82% a R$ 39,74.
A fabricante de motores elétricos divulgou um lucro líquido de R$ 1,592 bilhões, crescimento de 10,4% em relação ao ano passado, mas abaixo das expectativas do mercado.
O Ebitda foi de R$ 2,26 bilhões, crescimento de 6,5%. Entretanto, as projeções do mercado apontavam para um Ebitda de R$ 2,49 bilhões.
A receita líquida atingiu R$ 10,21 bilhões, alta de 10,1%, mas abaixo dos R$ 11,16 bilhões esperados.
A WEG enfrenta desafios com a incerteza sobre tarifas dos EUA e a queda de 20% nas suas ações desde o início do ano.
O Goldman Sachs alertou que os resultados de receita, Ebitda e lucro líquido foram insatisfatórios, impactando as ações e levando a revisões negativas nas estimativas de lucros. Além disso, as taxas de juros altas e a incerteza global afetam os projetos a longo prazo.
O Itaú BBA e o JPMorgan também destacaram resultados abaixo das expectativas, com foco na margem Ebitda que superou projeções, mas ainda assim indicaram desafios futuros.
A teleconferência da WEG será dia 24 às 11h, com foco nos seguintes tópicos:
- Impacto das tarifas dos EUA
- Pipeline de projetos solares
- Perspectivas de crescimento
As recomendações variam entre venda pelo Goldman Sachs e compra pelas demais instituições financeiras.