WEG e Tupy e mais: as ações de bens de capital afetadas pelas tarifas do Trump
Tarifa de 50% sobre importações do Brasil por Trump gera preocupações entre setores industriais. Bancos analisam os impactos nas receitas de empresas com forte exposição ao mercado norte-americano, como WEG e Iochpe-Maxion.
Anúncio de Tarifas dos EUA Impacta Mercado Brasileiro
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma tarifa-base de 50% sobre importações do Brasil, gerando forte repercussão nos mercados.
O Bradesco BBI avaliou que o setor de bens de capital será um dos mais afetados. A tarifa total sobre autopeças pode chegar a 75% (incluindo tarifas setoriais já aplicadas).
A WEG (WEGE3) tem 28% de sua receita dos EUA, e cerca de 9% oriunda de exportações brasileiras. Apesar do impacto, sua presença industrial pode mitigar os efeitos tarifários.
O Bradesco manteve classificação neutra para as ações da WEG, com preço-alvo de R$ 50,00.
O Itaú BBA também destacou que a WEG pode ser negativamente impactada, com 25% da receita vindo da América do Norte e 7% suscetível a novas tarifas.
Para a Iochpe-Maxion, o Itaú BBA adotou visão neutra, observando que as vendas são majoritariamente atendidas por fábricas nos EUA e no México, com exposição direta reduzida a 1% da receita.
A Tupy (TUPY3) é exposta em 23% ao mercado norte-americano, com risco estimado de 13% da receita afetada. A recomendação é neutra, com preço-alvo de R$ 25,00.
A Mahle Metal Leve (LEVE3) tem 10% da receita dos EUA, reiterando recomendação de venda e preço-alvo de R$ 17,00.
A Randoncorp pode ter 4% da receita afetada, mas possui fábricas nos EUA, o que pode atenuar os impactos. Recomendação de compra e preço-alvo de R$ 15,00.
A Marcopolo não prevê exportações diretas para os EUA, e o Itaú BBA vê impacto neutro para a Rumo, dada a baixa dependência da demanda norte-americana.