WEG: depois de decepções, mercado está mais preparado para resultados do 2T25?
Análises revisadas para a WEG indicam expectativas de crescimento moderado e margens estáveis nos próximos anos. Com foco em projetos de geração solar e impacto da valorização do real, os investidores aguardam os resultados do segundo trimestre de 2025.
Mudança no consenso da WEG (WEGE3) após resultados do 1T25
Os primeiros resultados do ano de 2025 impactaram a percepção sobre a WEG, resultando em uma queda de 11,5% nas ações da companhia.
Os analistas agora focam na perspectiva de margem e crescimento futuros da empresa. As estimativas foram ajustadas, refletindo uma redução de 4% no Ebitda e 6 a 7% no lucro líquido.
A Goldman Sachs acredita que as margens deverão se manter estáveis em torno de 22% nos próximos anos, ao invés de expandirem. O banco permanece com projeções 3% a 6% abaixo do consenso para o lucro líquido de 2025 e 2026, mas alinhado quanto ao Ebitda.
Os principais tópicos da teleconferência de resultados incluirão:
- Projetos de geração solar para o 2º semestre de 2025;
- Estado de demanda pelos produtos;
- Impacto da valorização do real nos materiais;
- Custo de frete;
- Tarifaço de 50% dos EUA contra o Brasil.
O Bradesco BBI calculou que cerca de 28% da receita da WEG provém dos EUA, com aproximadamente 9% oriunda de exportações brasileiras.
O Itaú BBA espera crescimento de dois dígitos nos segmentos GTD e EE&I, mas vê a valorização do real como um fator negativo. A XP, por outro lado, crê que um melhor mix de produtos pode sustentar uma ligeira expansão da margem Ebitda, projetando 21,8%.
As vendas de GTD nos EUA continuam sendo o principal motor de crescimento, enquanto a sazonalidade pode ajudar a compensar a pressão cambial e a base de comparação desafiadora.