“Washington Post” vê tarifas contra Brasil como “tiro pela culatra”
Análise do Washington Post destaca que tarifas elevadas dos EUA podem fortalecer Lula ao invés de enfraquecê-lo. O texto também ressalta o impacto negativo das tarifas na elite empresarial brasileira, fundamental à oposição conservadora.
Análise do Washington Post destaca que a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, em vez de enfraquecer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fortalece sua posição política.
O colunista Ishaan Tharoor afirma que “o bullying de Trump contra o Brasil está saindo pela culatra” devido à robustez e diversidade da economia brasileira, que a torna menos vulnerável às pressões tarifárias.
O jornal contradiz as alegações de Donald Trump (Partido Republicano), ressaltando que os EUA possuem um superávit comercial significativo nas relações bilaterais com o Brasil.
O Washington Post aponta que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe, e o debate legal sobre big techs pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, refletem as verdadeiras intenções da Casa Branca ao impor as tarifas.
Além disso, as tarifas prejudicam setores importantes da economia e provocam reações negativas da elite empresarial, que tradicionalmente apoia a oposição conservadora a Lula.
A disputa entre EUA e Brasil deve se intensificar, sem perspectiva de resolução rápida. As tarifas, anunciadas por Trump em 9 de julho, entrarão em vigor em 1º de agosto. Os EUA são o 3º maior parceiro comercial do Brasil, atrás da China e da União Europeia.