Wall Street teme a recessão. Trump diz que não é hora de ‘panicar’
Executivos de Wall Street alertam sobre os riscos de uma recessão duradoura nos EUA, citando a guerra comercial e políticas tarifárias de Trump como fatores preocupantes. Larry Fink e Jamie Dimon expressam suas preocupações sobre a desaceleração econômica e os impactos inflacionários das tarifas.
Executivos de Wall Street alertam sobre recessão nos EUA
Titãs de Wall Street, como Larry Fink (BlackRock) e Jamie Dimon (JP Morgan), alertam que os EUA podem enfrentar uma recessão profunda devido à guerra comercial. Fink afirmou que a indústria da aviação é um “canário da mina” e já apresenta sinal de doenças.
Fink desmentiu a hipótese de cortes drásticos nas taxas de juros pelo Federal Reserve, expressando preocupação com a inflação alta.
Dimon destacou que o aumento das tarifas impactará preços e pode desacelerar a economia, embora a possibilidade de recessão permaneça indefinida.
Entre as vozes de preocupação, Elon Musk defendeu um acordo para zerar tarifas entre os EUA e a União Europeia, criticando o conselheiro de Trump, Peter Navarro, ao sugerir que seus conhecimentos de economia eram prejudiciais.
Bill Ackman, há pouco defensor de Trump, fez duras críticas ao tarifário, levando a respostas de economistas e outros executivos. A situação provocou tensões na comunidade de Wall Street.
Trump, por outro lado, permaneceu firme em suas políticas, rejeitando críticas e compartilhando uma mensagem em redes sociais chamando as pessoas para não serem “fracas”.
Notícias de uma possível pausa nas tarifas provocaram volatilidade nos mercados. Inicialmente, um aviso sobre uma pausa de 90 dias elevou o mercado, mas foi rapidamente negado pela Casa Branca.
Trump reafirmou a intenção de aplicar tarifas adicionais à China, que poderia levar a um total de 94% sobre as importações chinesas.
No cenário econômico, Bill Dudley (ex-Fed) prevê a estagflação como o melhor resultado possível para a economia dos EUA, com um crescimento projetado de apenas 1%.
Dudley alerta que a combinação de crescimento baixo e inflação alta será desafiadora para os mercados e deixará o Fed sem opções eficazes.