Wall Street prevê queda mais acentuada com dólar se aproximando da mínima de 2023
Bancos de Wall Street projetam uma desvalorização acentuada do dólar, impulsionada pela redução das taxas de juros e reavaliações comerciais. O Morgan Stanley prevê uma queda significativa da moeda americana até meados de 2024.
Bancos de Wall Street reforçam previsões de desvalorização do dólar devido a cortes nas taxas de juros, desaceleração econômica e políticas do presidente Donald Trump.
O Morgan Stanley prevê que o dólar retorne a níveis da pandemia de Covid-19 até meados do próximo ano. O J.P. Morgan mantém um viés pessimista, enquanto o Goldman Sachs alerta que tentativas de explorar receitas alternativas podem impactar negativamente a moeda americana.
Na segunda-feira, o dólar caiu em relação a todos os pares do G10 e o Índice Bloomberg Dollar Spot perdeu até 0,6%. Este declínio é reflexo de tensões comerciais e uma contração da atividade industrial nos EUA.
Matthew Hornbach, do Morgan Stanley, comentou que investidores estrangeiros estão reavaliando suas posições em ativos americanos por conta da proteção cambial, o que deve pressionar ainda mais o dólar.
O Dollar Index pode cair cerca de 9%, chegando a 91 até o próximo ano. Estrategistas do J.P. Morgan recomendam investimentos em iene, euro e dólar australiano. O euro e o iene devem ser os maiores beneficiados, com o euro prevendo-se a alcançar US$ 1,25 e o iene potencialmente se valorizando para 130.
Além disso, o Morgan Stanley antecipa que o rendimento dos títulos do Tesouro americano alcance 4% até o final de 2023, seguido por cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve.
Investidores aguardam indicadores do mercado de trabalho e desenvolvimentos nas negociações comerciais entre EUA e China, além de uma possível mudança nas alíquotas de impostos que poderiam afetar investimentos estrangeiros nos EUA.
O Goldman Sachs observa que o dólar pode estar 15% supervalorizado e espera que a realocação de ativos globais contribua para sua queda.