Wall Street está apostando tudo em centros de dados para IA. Mas será que eles são a próxima bolha?
A Blackstone investe bilhões na QTS para explorar o crescente mercado de inteligência artificial e expandir a infraestrutura de centros de dados. Apesar das preocupações com um possível excesso de oferta, a demanda por espaços de computação continua forte entre grandes empresas de tecnologia.
Chad Williams, fundador da Quality Technology Services (QTS), começou com um terreno em Overland Park, Kansas, em 2003, onde construiu seu primeiro centro de dados.
Agora, a QTS é vital em uma das maiores apostas da Wall Street relacionada à inteligência artificial (IA). Em 2021, o Blackstone adquiriu a QTS por US$ 10 bilhões e continua investindo na expansão de seus centros de dados, fundamentais para o funcionamento de empresas como Amazon e Meta.
A Blackstone já aplicou mais de US$ 100 bilhões no setor de centros de dados e parcerias estratégicas para desenvolvê-los. Com a demanda crescente, até mesmo desafios surgem, como o **excesso de oferta** no mercado, com preocupações indicadas pelo analista Michael Elias.
Recentemente, várias grandes empresas, incluindo a OpenAI e o Alibaba, anunciaram planos de construir grandes complexos de computação, embora alguns executivos temam uma potencial **bolha**.
A Blackstone acredita na continuidade da demanda, com contratos de locação de longo prazo em vigor. No entanto, a complexidade e o alto custo de operação dos centros de dados para IA são desafiadores, com necessidade de operar 99,999% do tempo.
Apesar de preocupações, a Blackstone fez grandes aquisições e mantém sua estratégia de expansão. Contudo, notícias recentes sobre alternativas de IA mais eficientes levantaram incertezas sobre a necessidade futura de grandes centros de dados.
Com a pausa da Microsoft na construção de centros em New Albany, algumas vozes do setor estão questionando a viabilidade dos investimentos, enquanto a Blackstone considera métodos alternativos para gerir e monetizar seus ativos.