Wall St recua mais após esclarecimento sobre 145% na tarifa para China
Wall Street apresenta quedas significativas após a decisão de Trump sobre tarifas. O mercado se ajusta após o impulso de ganhos da véspera, refletindo cautela em relação aos dados de inflação e volatilidade futura.
Wall Street recua nesta quinta-feira, após ganhos expressivos na véspera, influenciados pela decisão de Donald Trump em reduzir temporariamente tarifas sobre vários países.
Os principais índices apresentaram as seguintes quedas:
- Dow Jones: -2,37%, a 39.209,51 pontos
- S&P 500: -2,87%, a 5.229,11 pontos
- Nasdaq Composite: -5,06%, a 16.256,48 pontos
As tarifas sobre produtos chineses foram elevadas para 145%, conforme comunicado da Casa Branca à CNBC. Essa situação é resultado da retaliação de Pequim, que impôs tarifas de 84% sobre produtos dos EUA.
A reviravolta ocorreu após o S&P 500 ter registrado seu maior ganho diário desde 2008. Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas novas tarifas, elevando as tarifas sobre importações chinesas de 104% para 125%.
A União Europeia também concordou com uma pausa de 90 dias em suas tarifas retaliatórias, que começariam a vigorar em 15 de abril.
O setor de tecnologia e de energia lideraram as perdas no S&P 500, com ações da Tesla e Nvidia caindo mais de 4% cada.
Em relação à inflação, o índice de preços ao consumidor caiu 0,1% em março, com um aumento de 2,4% nos últimos 12 meses. O gerente de portfólio Dan Siluk expressou cautela sobre os dados atuais, prevendo volatilidade nos próximos meses.
Os operadores estimam cortes de quase 90 pontos-base na taxa de juros pelo Federal Reserve em 2025. Apesar dos ganhos anteriores, o S&P 500 e o Dow Jones estão cerca de 5% abaixo dos níveis antes do anúncio das tarifas.