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Volume de captação no 1º tri chega a R$ 152,3 bi, o maior desde 2012

Brasil registra captação histórica de R$ 152,3 bilhões no primeiro trimestre de 2025, impulsionada por debêntures e instrumentos de renda fixa. O mercado externo também teve aumento significativo, mas desafios futuros podem afetar novas emissões.

Empresas brasileiras captam R$ 152,3 bilhões no primeiro trimestre de 2025, maior volume da série histórica da Anbima desde 2012.

A maior parte, R$ 142,6 bilhões, foi captada via renda fixa, com destaque para debêntures, notas comerciais e FIDCs.

As debêntures atingiram R$ 103 bilhões, um recorde para o trimestre, com debêntures incentivadas representando 45% desse valor, totalizando R$ 46 bilhões.

A média de prazo das debêntures subiu para 10,2 anos, comparado a 6,96 anos no ano passado.

César Mindof, diretor da Anbima, ressaltou a força das emissões neste início de ano, afirmando que as debêntures e notas comerciais estão se consolidando como instrumentos importantes de captação.

As notas comerciais captaram R$ 6,78 bilhões, com uma alta de 98,5% em relação ao ano passado. O volume médio por operação subiu 24%.

No mercado externo, a captação alcançou US$ 11,1 bilhões, maior volume desde 2014. Contudo, o cenário pode se tornar desafiador no segundo trimestre devido a incertezas nos EUA.

Guilherme Maranhão, presidente do Fórum da Anbima, alerta para uma possível queda nas emissões externas, considerando a turbulência do mercado.

Os fundos de investimento representaram 34,2% das emissões, enquanto as debêntures no mercado secundário cresceram 34,2%, alcançando R$ 196,6 bilhões.

Os fundos imobiliários enfrentaram queda na captação, de R$ 13,43 bilhões para R$ 6,88 bilhões, enquanto os Fiagros se mantiveram estáveis com captação de R$ 1,62 bilhão.

A demanda por títulos permanece forte, impulsionada pelo capital dos fundos, mas a continuidade do ritmo de crescimento é incerta.

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