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Voltar atrás foi bom? O que fez Ibovespa sair de forte queda para alta com efeito IOF

Ibovespa se recupera após recuo do governo sobre aumento do IOF, mas cautela permanece no mercado devido a incertezas fiscais. Estudo aponta que a confiança dos investidores segue abalada, refletindo preocupações internas e externas.

Ibovespa fechou a sexta-feira (23) zerando perdas após fortes aversões ao risco. Às 13h25 (Horário de Brasília), o Índice Bovespa subia 0,11%, atingindo 137.429,58 pontos, mais perto da máxima de 137.561,78 do que da mínima de 134.997,30 (-1,66%).

O governo recuou da alíquota de 3,5% em fundos de investimento no exterior, aumentando o contingenciamento. Ainda assim, a cautela fiscal persiste. Nos EUA, o mercado de títulos encerra mais cedo por conta do feriado do Memorial Day.

Após anunciar aumento do IOF, o Ministério da Fazenda recuou na taxação de fundos nacionais no exterior. A avaliação de Matheus Spiess, da Empiricus Research, é que "o estrago já foi feito".

O ministro Fernando Haddad, em entrevista, tentou conter o mau humor do mercado, mas o aumento do contingenciamento foi além do esperado. A medida arrecadará cerca de R$ 20 bilhões.

Jefferson Laatus, do Grupo Laatus, e Alison Correia, da Dom Investimentos, destacam que voltar atrás em decisões sensíveis é positivo, indicando flexibilidade do governo.

Embora o governo tenha anunciado contenção de R$ 31,3 bilhões em despesas para cumprir a meta de déficit fiscal zero, a notícia foi eclipsada pelo aumento do IOF.

Os investidores também lidam com preocupações externas, especialmente a disputa comercial dos EUA, com Donald Trump sugerindo tarifas fixas de 50% à União Europeia e ameaçando tarifas à Apple.

Na semana, o Ibovespa acumula baixa de quase 2,00%.

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