Você sabe o que é sorgo?
O sorgo, um cereal resistente à seca e com custo de produção reduzido, está se consolidando no Brasil como uma alternativa promissora para a alimentação animal e a produção de etanol. Com a abertura do mercado chinês, as perspectivas de crescimento na produção e exportação do grão são ainda mais promissoras.
Sorgo ganha destaque no Brasil, com crescente espaço na produção agrícola, conforme anunciado pelo pesquisador Mauro Ozaki da Esalq/USP durante o Congresso da Abramilho em 17 de maio. Ozaki afirmou que a produção de sorgo deve avançar nos próximos anos, com o uso do grão em biorrefinarias de etanol e ração animal.
A Conab projeta 4,42 milhões de toneladas para a safra 2024/2025 e uma área de 1,46 milhão de hectares, crescimento de 2,9% em relação ao anterior.
O pesquisador Flávio Tardin, da Embrapa, destaca a resiliência do sorgo ao estresse hídrico, tornando-o mais tolerante à seca que o milho. Além disso, o custo de produção é geralmente menor, com sementes e insumos mais baratos.
No Nordeste, o sorgo já é utilizado para alimentação animal e produção de etanol em usinas do Maranhão e do Tocantins. O Brasil também busca vender sorgo para a China, maior importadora mundial, que consome 10 milhões de toneladas ao ano.
A China, com um mercado impactado pela guerra tarifária, vem comprando menos sorgo dos EUA, o que abre oportunidades para o Brasil.
Os chineses utilizam sorgo na ração animal, alimentação humana e na fabricação do Baijiu, uma das bebidas mais consumidas no mundo, com preços que podem chegar a R$ 600.
Em abril, a Embrapa Milho e Sorgo e a Latina Seeds lançaram o híbrido de sorgo granífero BRS 3002, com destaque para a precocidade e produtividade superior a 6 toneladas por hectare.