'Violência inaceitável': como o governo Lula vê sanção dos EUA contra Moraes
Governo Lula vê sanção como tentativa de interferência política dos EUA e prepara resposta contundente. Alexandre de Moraes é o primeiro brasileiro a ser alvo da Lei Global Magnitsky, usada para punir violações de direitos humanos e corrupção.
Nova sanção dos EUA: O governo dos Estados Unidos impôs sanções ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, a partir de 30/7, reforçando a percepção de interferência política no Brasil. Integrantes do governo Lula consideram a medida uma "violência inaceitável".
O governo brasileiro planeja uma resposta por meio de uma nota oficial que enfatizará a soberania nacional.
As sanções foram baseadas na Lei Global Magnitsky, visando punir estrangeiros por graves violações de direitos humanos e corrupção, e é a primeira vez que uma autoridade brasileira é sancionada dessa forma. De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, Moraes estaria perseguindo opositores, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O secretário de Estado, Marco Rubio, afirma que a sanção deve servir como um alerta contra violações de direitos. O governo Lula não planeja recorrer a fóruns regionais, pois teme resistência, e não há previsão de diálogo entre Lula e Trump.
Os interlocutores do governo acreditam que a sanção busca prejudicar a reeleição de Lula em 2026, pressionando o Brasil em cenários político e econômico, incluindo tarifas importadas.
Eduardo Bolsonaro celebrou a sanção como um momento "histórico", associando Moraes a abusadores de direitos humanos, e destacou o objetivo da Lei Global Magnitsky para responsabilizar agentes que violam direitos ou cometem corrupção.
A Lei foi criada em 2012 e ampliada em 2016. Ela permite sanções sem necessidade de processo judicial, com o foco em atos graves como torturas e prisões arbitrárias.