Vila 11 projeta novo patamar com multifamily e vê ‘apelo’ com juro alto, diz CEO
Vila 11 se prepara para expansão rápida, com a entrega de novos empreendimentos e foco em locação de longa duração. A empresa visa gerar caixa pela primeira vez e se consolidar como referência no setor multifamily em São Paulo.
A Vila 11, empresa pioneira no Brasil no segmento multifamily, pretende mudar de patamar em 2023. Com mais prédios em operação do que em desenvolvimento, a empresa já entregou o nono empreendimento dos 25 programados até 2030.
Até o final do ano, outros seis prédios estarão em construção, totalizando 15 em operação e possibilitando à Vila 11 gerar caixa pela primeira vez desde a sua criação em 2020.
Ricardo Laham, CEO e fundador da empresa, afirma que 2025 será um ano crucial na trajetória da Vila 11, que começou suas operações com um investimento de US$ 200 milhões do fundo Evergreen.
A Vila 11 atua em 12 bairros de São Paulo, incluindo regiões valorizadas como Itaim Bibi, Pinheiros e Jardins. Todos os pacotes do modelo multifamily incluem aluguel, IPTU, luz e água. Os preços para unidades de um dormitório variam de R$ 3.800 a R$ 15.000.
Com o breakeven alcançado, a empresa não precisará buscar novos financiamentos a curto prazo, considerando os altos juros atuais. O CEO destaca a demanda por locação, impulsionada pelo aumento dos juros no financiamento imobiliário.
A Vila 11 se concentra no modelo long stay, que favorece locações de longa duração, ao contrário do short stay como o Airbnb. A empresa observa uma mudança no mercado, focando também em retrofits de prédios antigos, com dois projetos em andamento.
Com metas de expansão, a Vila 11 planeja novos empreendimentos em áreas com muitos prédios vazios, como o centro de São Paulo, buscando locações com preços mais acessíveis em bairros como Santa Cecília e República.