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Vigília marca 20 anos do caso Jean Charles, brasileiro morto por engano pela polícia em Londres

Vigília em homenagem a Jean Charles de Menezes relembra 20 anos da tragédia e a luta por justiça. Familiares e amigos se reuniram para reivindicar a inocência do eletricista brasileiro, alvejado por engano pela polícia britânica.

Uma vigília foi realizada nesta terça-feira (22) na estação de metrô de Stockwell, em Londres, para marcar os 20 anos da morte de Jean Charles de Menezes, um eletricista brasileiro inocente que foi alvejado com sete tiros pela polícia britânica.

Jean Charles foi confundido com Hussain Osman, suspeito de um ataque terrorista em 21 de julho de 2005. Até hoje, nenhum agente foi responsabilizado pela sua morte.

A vigília contou com a presença de Alex Alves Pereira, primo de Jean Charles, que afirmou que foram "anos de guerra" contra a Polícia Metropolitana. Ele declarou: "Provamos que ele era 100% inocente."

Durante o ato, participantes colocaram flores no memorial e uma banda tocou músicas em homenagem. Muitos usavam camisetas com a frase: "20 anos: Justiça negada". Vivian Menezes Figueiredo, prima de Jean Charles, disse que lidar com mentiras sobre o caso é inadmissível.

Na época do incidente, Londres estava em alerta devido a ataques terroristas. A polícia confundiu Jean Charles com um suspeito. Erros na operação resultaram em sua morte, e relatos iniciais, que o acusavam de comportamento suspeito mais tarde foram desmentidos.

A Scotland Yard foi considerada culpada civilmente em 2007 e teve que pagar uma multa de £ 175 mil. Dois anos depois, fez um acordo de indenização de cerca de £ 100 mil com os pais do brasileiro.

O atual primeiro-ministro, Keir Starmer, estava à frente do Ministério Público na época da decisão de não processar os agentes. Em 2016, a Corte Europeia de Direitos Humanos negou a apelação da família.

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