HOME FEEDBACK

Vietnã sinaliza que deve aceitar ser parceiro do Brics

Vietnã se prepara para anunciar sua adesão como país parceiro do Brics, aumentando o número de nações nessa categoria. A decisão deverá ser formalizada durante a reunião de líderes do bloco que ocorrerá no Rio de Janeiro em julho.

Vietnã anuncia entrada como parceiro do Brics

O governo do Vietnã planeja se tornar parceiro do Brics, ampliando para dez o número de países nessa categoria, criada na última cúpula em Kazan, Rússia.

A expectativa é que o primeiro-ministro Phạm Minh Chinh faça o anúncio durante a reunião de líderes do Brics no Rio de Janeiro, em julho. O Brasil, sob a presidência de Lula (PT), foi informado sobre a intenção vietnamita.

O status de país parceiro foi estabelecido para conciliar opiniões entre os membros do Brics, permitindo futura adesão plena. Atualmente, além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, são membros plenos o Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.

Os países parceiros incluem Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. O Vietnã hesitou em aceitar o convite anterior, mantendo sua diplomacia do bambu de independência.

O Vietnã já havia recebido um convite especial de Lula, que visitou Hanói em março, manifestando interesse em participar como país parceiro.

Durante a visita, o Vietnã elogiou as prioridades da presidência brasileira do Brics, que incluem saúde, comércio, investimento, mudanças climáticas, inteligência artificial, reforma do sistema multilateral e desenvolvimento institucional do Brics.

O governo Lula tem evitado uma nova expansão do Brics, focando na consolidação institucional do bloco. A entrada do Vietnã é vista como um caso distinto, pois aguardava apenas uma resposta oficial ao convite feito em 2024.

Na cúpula de Kazan, Argélia e Turquia também foram convidadas como parceiras, mas não responderam. O convite à Turquia é delicado, pois faz parte da Otan, e houve frustração por não ter sido aceita como membro pleno.

Vale ressaltar que Lula vetou a entrada da Venezuela como membro associado ao Brics, gerando críticas e tensões nas relações entre os governos.

Leia mais em folha