Vietnã enfrenta impasse no meio da guerra comercial entre China e EUA
Vietnã enfrenta desafios para comprovar a origem de suas exportações à medida que negociações com os EUA sobre tarifas se intensificam. O país busca evitar a classificação de "transbordo" e garantir sua posição como alternativa viável às fábricas chinesas.
Máquina logística chinesa opera intensa em Vietnã
Cidades como Ho Chi Minh vivem um aumento na atividade econômica, com armazéns embalando produtos para a varejista Shein e vagas de emprego sendo abertas. Essa dinâmica atrai investimentos e empregos enquanto o Vietnã busca alternativas às fábricas chinesas.
No entanto, a guerra comercial dos EUA, sob a presidência de Donald Trump, se torna um desafio. O Vietnã tenta evitar uma tarifa de 46% e negocia intensamente com autoridades americanas.
A administração Trump exige que o Vietnã reforce a fiscalização sobre o redirecionamento ilegal de mercadorias chinesas. O desafio é provar que os produtos exportados para os EUA são genuinamente fabricados no Vietnã, não na China.
O superávit comercial do Vietnã com os EUA cresceu para US$ 123,5 bilhões em 2024, um aumento considerável desde 2017. Importações vietnamitas da China aumentaram para US$ 15 bilhões, enquanto exportações para os EUA atingiram US$ 12 bilhões.
Como parte da resposta, o Vietnã criou uma força-tarefa para combater o contrabando e fraudes, mas autoridades americanas continuam céticas quanto à eficácia das medidas. A relação entre o Vietnã e a China complica a situação, visto que as indústrias vietnamitas ainda dependem de insumos chineses.
Os esforços vietnamitas incluem propostas para aumentar compras de produtos americanos e diminuir a presença de produtos chineses. No entanto, desafios de investimento e concorrência ainda persistem, dificultando a busca por um equilíbrio entre as duas potências.