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VÍDEO: Ex-comandante da FAB confirma apresentação de “minuta golpista” em reunião

Testemunho do ex-comandante da Aeronáutica revela pressões e articulações contrárias à posse de Lula. Julgamento sobre a tentativa de golpe segue com depoimentos de réus programados para junho.

STF divulga depoimentos sobre tentativa de golpe em 2022

Na terça-feira (3), o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou vídeos de testemunhas no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022.

Um dos depoimentos mais impactantes foi do ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, que relatou ter sofrido pressão após recusar participar de articulações do então presidente Jair Bolsonaro (PL) para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Baptista Júnior mencionou ter sido pressionado pelo general Walter Braga Netto, então ministro da Casa Civil, e o empresário Paulo Figueiredo. Ele afirmou: “Fui pressionado pelo ministro Braga Netto. Sofri ataques de pessoas ligadas ao ex-presidente Bolsonaro”.

O brigadeiro também revelou que participou de uma reunião no Palácio da Alvorada após o segundo turno, onde discutiram “hipóteses de atentar contra o regime democrático”, incluindo a decretação de estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para impedir a posse do presidente eleito.

“Eu não admito sequer receber este documento, não ficarei aqui”, disse ele ao se referir a uma minuta de decreto apresentada na reunião. Durante a discussão, o general Marco Antônio Freire Gomes ameaçou Bolsonaro de prisão caso tentasse seguir com a proposta.

Baptista Júnior afirmou a Bolsonaro que, independente da situação, “no dia 1º de janeiro o senhor não será presidente”. Esse depoimento contrasta com relatos de outras testemunhas que descreveram Bolsonaro como abatido, mas comprometido com a transição institucional.

O julgamento no STF continua, com os interrogatórios dos réus programados para 9 de junho, começando às 14h. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, será o primeiro a depor.

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