Verde Asset, de Luis Stuhlberger, negocia transação com a Vinci Compass
A Verde Asset Management busca fusão com a Vinci Compass em meio a um cenário de consolidação entre gestoras independentes no Brasil. A negociação surge após a drástica redução de seu patrimônio, refletindo desafios na indústria de fundos multimercados.
A Verde Asset Management, liderada por Luis Stuhlberger, está se preparando para um movimento de consolidação no setor de gestoras de recursos independentes brasileiras.
Seu patrimônio caiu de R$ 55 bilhões em 2021 para R$ 17 bilhões atualmente. Recentemente, a Verde trouxe para seu capital a Lumina, que adquiriu 25% do Credit Suisse.
Atualmente, a Verde está em conversas para se unir à Vinci Compass, que possui R$ 232 bilhões em ativos.
Nenhum acordo foi fechado até o momento. A negociação foi inicialmente reportada pelo Brazil Journal e confirmada pelo Valor. Ambas as partes preferiram não comentar.
Um eventual negócio poderia ser realizado através de troca de ações, com Stuhlberger e sua equipe permanecendo na nova estrutura por pelo menos cinco anos. Daniel Goldberg, da Lumina, também ficaria na sociedade.
A Verde, com cota desde 1997, é um dos mais antigos no mercado de hedge funds no Brasil, mas não se consolidou entre as maiores gestoras do país.
A chegada de Stuhlberger à Vinci aumentaria sua relevância em fundos líquidos, devido ao seu perfil de alocação e experiência em cenários diversos.
O setor de multimercado enfrenta dificuldades, com resgates líquidos de R$ 78,9 bilhões de janeiro a junho. Desde 2022, a categoria sofreu uma perda de quase R$ 610 bilhões, que busca alternativas como os títulos isentos.