HOME FEEDBACK

Ver o mundo após os 50: aposentados e profissionais maduros investem tempo e dinheiro em intercâmbios

Aumento no número de intercambistas acima dos 50 anos reflete um mercado em crescimento, impulsionado pela busca por aprendizado e novas experiências. Com novas oportunidades, esse público se destoa da ideia tradicional de intercâmbio, mostrando que é possível continuar a se renovar profissionalmente e pessoalmente em qualquer fase da vida.

Intercâmbio para maiores de 50 anos se torna tendência crescente

A socióloga Rosangela Agnoletto realizou seis intercâmbios no exterior desde os 50 anos, explorando idiomas e culturas. Essa nova onda de intercambistas com mais de 50 anos está em ascensão, buscando educação e aperfeiçoamento profissional.

No Brasil, intercâmbios movimentaram R$ 5,5 bilhões em 2023, um aumento de 20% em relação ao ano anterior. Embora jovens entre 18 e 29 anos ainda liderem as estatísticas, o grupo com 50 anos ou mais cresceu de 5,7% há três anos para 7,5% no último ano.

Segundo Alexandre Argenta, presidente da Belta, o aumento na estabilidade financeira e a longevidade fazem com que os intercâmbios sejam atraentes para essa faixa etária. Um dado do Censo 2022 indica que a população brasileira está envelhecendo mais rapidamente.

Na Student Travel Bureau (STB), a demanda por intercâmbios entre maiores de 50 anos cresceu 30% em 2024. Enquanto cursos de idiomas continuam populares, há um crescente interesse em negócios e tecnologia.

Profissionais como Flávia Ungarelli e Elton Lima estão buscando experiências no exterior para aprimorar suas competências. Flávia já realiza um curso de inglês corporativo, enquanto Elton tem planos para um MBA nos EUA.

De acordo com Mórris Litvak, fundador da Maturi, esses intercâmbios são essenciais para profissionais se manterem ativos e competitivos no mercado de trabalho.

A Roda Mundo, especializada em jovens, também adaptou seu foco para o público sênior, com 80% da demanda vinda de pessoas acima de 50 anos. Os programas mais populares combinam turismo e educação.

Rosangela, em seu último intercâmbio na Itália, relata que a experiência vai além do aprendizado de idiomas, promovendo um crescimento pessoal significativo. Seu próximo destino já está certo: Escócia.

Leia mais em o-globo