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Venezuela decide cobrar tarifas do Brasil, que podem ir a 77%

Venezuela impõe tarifas aos produtos brasileiros, desrespeitando regras do Mercosul. O governo de Roraima busca esclarecimentos do governo federal para minimizar o impacto nas exportações.

A Venezuela iniciou a cobrança de tarifas entre 15% e 77% sobre produtos brasileiros, mesmo quando deveria haver isenção via certificado de origem, conforme regras do Mercosul.

A medida foi tomada sem aviso prévio, levantando dúvidas se isso se deve a um erro burocrático ou a uma decisão do governo venezuelano. A informação foi publicada pela Folha de Boa Vista.

Na sexta-feira (25.jul.2025), o governo de Roraima comunicou que contatou o Ministério das Relações Exteriores sobre o tema. A equipe do governador Antonio Denarium (PP) expressou preocupação, já que a Venezuela representa mais de 70% das exportações do Estado.

A Fier (Federação das Indústrias do Estado de Roraima) está apurando as dificuldades para aceitação dos certificados de origem na Venezuela. Eles buscam soluções rápidas para normalizar o fluxo comercial.

Dados do Mdic mostram que a Venezuela foi o principal destino dos produtos roraimenses, totalizando US$ 41,5 milhões de janeiro a junho de 2025.

A cobrança de tarifas afeta diretamente a competitividade das mercadorias brasileiras no mercado venezuelano, impactando os empresários locais e a economia roraimense.

O Poder360 solicitou uma posição do Mdic, que não confirmou o aumento das tarifas, mas reconheceu as dificuldades enfrentadas pelos exportadores. O ministério está em contato com a Embaixada do Brasil em Caracas para esclarecer a situação.

A nota do governo de Roraima reitera a preocupação com a elevação da alíquota do imposto Ad Valorem que afeta produtos brasileiros e destaca a importância de encontrar soluções diplomáticas para manter a relação comercial.

A nota do Mdic também aponta que a situação está sendo acompanhada em coordenação com o MRE e que a Embaixada está em contato com autoridades venezuelanas.

A Fier informou que iniciou apurações para entender a aceitação dos certificados e que mantém diálogo com as autoridades de ambos os países para fortalecer as relações comerciais.

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