HOME FEEDBACK

Vendas do comércio varejista caem 0,4% em abril após três meses de crescimento

Varejo brasileiro registra queda de 0,4% em abril, após três meses de alta. Economistas apontam que desaceleração pode ser reflexo de uma base de comparação elevada e do impacto da inflação sobre o consumo.

Varejo Brasileiro em Acomodação: O comércio varejista do Brasil iniciou o segundo trimestre com uma queda de 0,4% no volume vendido em abril, em comparação a março, após três meses de crescimento, segundo o IBGE.

O economista Leonardo Costa afirma que essa desaceleração é esperada, visando conter a inflação. Apesar da queda, ele alerta que é cedo para afirmar que o processo está consolidado.

O gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, destaca que a queda é influenciada por uma base de comparação elevada, já que o varejo havia atingido um patamar recorde em março de 2025.

Das oito atividades do comércio varejista, quatro mostraram crescimento em abril:

  • Livros e papelaria (1,6%)
  • Artigos de uso pessoal e doméstico (1,0%)
  • Vestuário e calçados (0,6%)
  • Farmacêuticos e perfumaria (0,2%)

Por outro lado, as atividades com recuo foram:

  • Combustíveis (-1,7%)
  • Equipamentos de informática e comunicação (-1,3%)
  • Supermercados (-0,8%)
  • Móveis e eletrodomésticos (-0,3%)

No comércio varejista ampliado, houve um recuo de 1,9%, com quedas de 2,2% nos veículos e 0,4% no material de construção.

Segundo Santos, o desempenho dos supermercados é impactado pela inflação nos alimentos. Apesar disso, a massa de salários aumentou, embora as famílias ainda enfrentem limitações orçamentárias.

A economista Isabela Tavares prevê um cenário de vendas mais controladas à frente, mas sem reduções drásticas quando comparadas ao ano anterior. Ela afirma que o mercado de trabalho se mantém resiliente, enquanto a inflação ainda é elevada.

Leia mais em estadao