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Veja os estados que mais exportam para os EUA e podem ser afetados por tarifaço de Trump

CNI alerta para perdas bilionárias na economia brasileira devido a tarifas de importação dos EUA. Estudo revela impactos diferenciados entre estados e setores, especialmente na indústria de transformação.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alertou sobre o impacto das tarifas de importação de 50% anunciadas pelos EUA para produtos brasileiros, com previsão de início em 1º de agosto.

Estudo da CNI aponta que as perdas podem ultrapassar R$ 19 bilhões, afetando **desigualmente** os estados e exercendo forte pressão sobre a indústria de transformação, que representa mais de 78% das exportações brasileiras para os EUA.

Os setores mais expostos são metalurgia, petróleo e gás, alimentos, máquinas e equipamentos, e celulose e papel. Em 2024, cada R$ 1 bilhão exportado gerou 24,3 mil empregos e R$ 531,8 milhões em massa salarial, valores em risco com as novas tarifas.

Impacto desigual entre os estados

  • Ceará: 44,9% das exportações para os EUA, perdas de R$ 190 milhões
  • Espírito Santo: 28,6%, R$ 605 milhões
  • Paraíba: 21,6%, R$ 101 milhões

São Paulo terá o maior prejuízo, com R$ 4,46 bilhões, seguido por Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. Os estados do Norte também serão afetados, com retração de 0,67% do PIB no Amazonas e 0,28% no Pará.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, classificou a medida como “expressiva e injustificável”, penalizando setores estratégicos e comprometendo a competitividade das exportações.

Setores e produtos mais afetados

Os produtos que sofrerão tarifas elevadas incluem óleos brutos de petróleo, semiacabados de ferro e aço, aeronaves, café não torrado, ferro-gusa, carnes bovinas, celulose, calçados e açúcar. O Brasil é o principal fornecedor desses bens aos EUA.

Recomendações e estratégias

A CNI sugere que o governo brasileiro intensifique o diálogo com os EUA, diversifique mercados de exportação e adote medidas emergenciais de apoio aos setores afetados, incluindo financiamento, estímulo à agregação de valor e prorrogação de prazos para adaptação.

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