Vasques nega blitze para barrar votos a Lula em 2022
Silvinei Vasques refuta acusações de direcionamento político e defende operações da PRF como medidas para coibir crimes eleitorais. O ex-diretor da corporação afirma que não houve irregularidades durante as ações no Nordeste, onde a maioria dos eleitores votava em Lula.
Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal), negou ter ordenado operações para impedir o deslocamento de eleitores a favor de Lula no 2º turno das eleições de 2022.
No dia 30 de outubro de 2022, a PRF abordou 324 ônibus no Nordeste, recolhendo apenas 13. Vasques destacou que “não tem como interferir num universo de 150 milhões” de eleitores.
Durante seu depoimento no STF, Vasques disse que as operações visavam coibir crimes eleitorais. Ele negou ordens ilegais do então ministro da Justiça, Anderson Torres, e afirmou que tudo foi feito em atendimento a dever legal.
Silvinei Vasques foi preso em 2023 e passou um ano na cadeia, alegando ter sido vitimizado por argumentos falsos. Ele foi solto em agosto de 2024, usando tornozeleira eletrônica.
Os réus do núcleo 2, do qual ele faz parte, são acusados de tentativa de golpe e participação em organização criminosa ligada ao plano “golpista”.
Vasques expressou que sofreu tortura psicológica enquanto estava preso, ressaltando a gravidade de sua situação na Papuda, em Brasília.
As investigações apontam que as ações da PRF foram predominantes no Nordeste, onde Lula teve significativa vantagem eleitoral.