Vargas Llosa, gigante da literatura, já disse preferir Bolsonaro a Lula
Mário Vargas Llosa, renomado escritor e prêmio Nobel de literatura, faleceu aos 89 anos, deixando um legado controverso com suas opiniões políticas. Conhecido por suas críticas a Lula e apoio a Jair Bolsonaro, ele se destacou na literatura e na arena política, refletindo sua evolução ideológica ao longo de décadas.
Mário Vargas Llosa, escritor peruano e prêmio Nobel da literatura em 2010, faleceu neste domingo, aos 89 anos. Sua morte gerou recordações sobre suas controvérsias políticas no Brasil, especialmente ao declarar apoio a Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
No evento em Montevidéu, Vargas Llosa afirmou: "Entre Bolsonaro e Lula, prefiro Bolsonaro", apesar de criticar o presidente por suas "palhaçadas". Em outra entrevista, ele expressou sua repulsa ao petista, associando-o à corrupção e à operação Lava-Jato no Peru.
O autor, nascido em Arequipa, Peru, em 1936, inicialmente apoiou Fidel Castro, mas mudou de posição após o Caso Padilla, que resultou na prisão de um poeta crítico do regime cubano. Essa desilusão o levou a se tornar um defensor do liberalismo.
Após se mudar para Londres nos anos 1970, Vargas Llosa se distanciou da política, mas em 1987 se opôs a uma tentativa de nacionalização no Peru e entrou na política como candidato à presidência. Contudo, foi derrotado por Alberto Fujimori em 1990.
Embora fosse visto como um neoliberal de direita, teve posições progressistas em temas sociais, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a eutanásia. Em debates políticos, destacou-se por sua defesa das liberdades individuais e do capitalismo como meios de combater a pobreza.