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Varejo segue indústria e perde ritmo em abril, mas demanda ainda segue aquecida

Vendas no varejo registram queda de 0,4% em abril, interrompendo uma sequência de três meses de alta. Economistas apontam sinais de desaceleração econômica, mas destacam a resiliência da demanda das famílias e a boa fase do mercado de trabalho.

Vendas no Varejo Caem

As vendas no varejo pesquisadas pelo IBGE apresentaram uma queda de 0,4% em abril, em comparação a março. Isso segue a desaceleração observada na produção industrial, que cresceu apenas 0,1%.

A queda nas vendas veio após três meses de crescimento e ficou levemente acima das projeções do mercado. No entanto, o setor ainda acumula uma alta de 2,1% no ano e 3,4% nos últimos 12 meses.

A XP atribui a contração maior nas vendas de veículos como principal responsável pela discrepância entre o esperado e o resultado real. A empresa sugere um enfraquecimento nas atividades sensíveis ao crédito, embora a demanda se mantenha aquecida graças à alta renda disponível e um mercado de trabalho robusto.

Projeções indicam crescimento do PIB de 0,5% no 2º trimestre de 2025, apesar de uma estimativa de queda de 0,1% no mesmo período. O economista Luis Otávio Leal destaca a surpresa negativa nas vendas, especialmente em setores relacionados ao crédito e à renda.

Quatro dos oito grupos pesquisados registraram queda, com destaque para supermercados e combustíveis. A retração é vista mais como uma acomodação do ritmo de crescimento do que uma mudança de tendência, segundo Rafael Perez.

Economistas apontam que fatores como a resiliência do mercado de trabalho e estímulos ao consumo ainda sustentam a demanda. No entanto, a desaceleração dos gastos deve continuar ao longo do ano.

Perspectivas e Desafios

Fatores como os juros elevados e a retirada de estímulos fiscais podem impactar negativamente o comércio, mas o setor deve manter um crescimento sólido devido a condições favoráveis.

As instituições financeiras, incluindo Itaú e Bradesco, veem os números como sinal de desaceleração e mantêm projeções de crescimento ao redor de 0,5% para o segundo trimestre.

Conclusão: Apesar de sinais de desaceleração no varejo, ainda existem fatores positivos que podem sustentar o consumo. A vigilância das condições econômicas continua essencial para prever a trajetória do setor nos próximos meses.

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