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Vale diz que guerra comercial inibe distribuição de dividendos extraordinários

Vale não prevê dividendos extraordinários em 2025 devido a incertezas no mercado e foco na redução da dívida. A mineradora mantém a política de remuneração de 30% da geração de caixa operacional, mas a situação do preço do minério exige cautela.

Vale adia previsões de dividendos extraordinários para 2025

Marcelo Bacci, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, afirmou que as condições de mercado atuais impedem a previsão de dividendos extraordinários em 2025.

A prioridade da empresa é reduzir a dívida líquida de US$ 18 bilhões para US$ 15 bilhões antes de decidir sobre eventuais sobras de caixa.

Em teleconferência, Bacci destacou que, após o pagamento de 30% da geração de caixa operacional, qualquer valor adicional dependerá do cenário econômico.

A Vale é reconhecida por seus dividendos, tendo anunciado R$ 9,1 bilhões em remuneração no início do ano. Entretanto, a queda no preço do minério e incertezas globais geram cautela.

Bacci enfatizou que a empresa está focada em sua robustez financeira e em preparar-se para possíveis problemas futuros. Até o momento, as vendas não foram impactadas pela guerra comercial entre EUA e China, pois a demanda da China permanece estável.

No primeiro trimestre de 2025, a Vale registrou lucro de R$ 8,6 bilhões, alta de 3% em relação ao ano anterior, mas queda de 13% em dólares.

Bacci espera que os preços do minério não caiam muito abaixo de US$ 100, embora analistas do UBS BB acreditem que podem chegar a US$ 85. Preços abaixo de US$ 90 poderiam fechar minas com custo elevado, resultando em aumento dos preços.

A Vale investe em novos produtos com menor teor de ferro e planeja lançar um novo produto nos próximos 12 meses, visando atender siderúrgicas por minério mais barato.

Bacci concluiu que a flexibilidade do portfólio da Vale a torna competitiva em termos de preço e qualidade.

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