Vai ser mais dificil morar em Portugal? Entenda o que mudou para os brasileiros
Mudanças nas regras de imigração visam controlar fluxo de estrangeiros em Portugal, que teve aumento significativo nos últimos anos. Cerca de 5.000 brasileiros serão impactados pela nova política, que exige contrato de trabalho para regularização.
Portugal aperta regras de imigração para reduzir o número de estrangeiros em situação irregular, determinando que cerca de 5.000 brasileiros devem deixar o país. A extinção da 'Manifestação de Interesse' em 3 de junho de 2024 mudou as exigências, que agora requerem um contrato de trabalho ou oferta formal para regularização.
Antes da mudança, mais de 1 milhão de pessoas utilizaram o mecanismo. Quando a regra foi alterada, havia 446 mil pedidos pendentes, dos quais 165 mil foram suspensos por falta de pagamento de taxas.
Após uma força-tarefa, 150 mil pedidos foram aprovados, e 34 mil rejeitados, resultando na saída dos imigrantes com pedidos negados, incluindo os 5.000 brasileiros.
Motivações para a mudança: Portugal viu um aumento no número de imigrantes, passando de 421 mil em 2017 para 1,5 milhão atualmente. Em 2024, sob o novo governo de Luis Montenegro, as medidas contra imigração foram endurecidas.
A nova administração propôs a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e a criação da Agência para Integração, Migrações e Asilo (Aima). O aumento de imigrantes também quadruplicou a demanda por serviços públicos.
Comparando o 1º e o 2º semestre de 2024, a Aima relatou uma redução de 59% na entrada de novos imigrantes. Apesar disso, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa ressaltou a importância dos imigrantes na economia.
Expectativas futuras: O governo promete continuar com as novas regras e a retirada de imigrantes irregulares. Com uma burocracia crescente, quem está regular pode continuar no país, mas deve estar atento às novas políticas que podem ser mais restritivas.
Advogados alertam sobre a lentidão nos processos, com casos de famílias com vistos válidos aguardando por longos períodos. A preocupação é que o novo parlamento, mais conservador, intensifique as medidas contra imigração.