Vai resolver? Empresas aceleram alternância de CEOs em busca de resultados
A rotatividade de CEOs nas empresas brasileiras e latino-americanas aumenta, impulsionada por pressões econômicas e mudanças setoriais. O fenômeno reflete uma busca por inovação e melhores resultados em um cenário desafiador, especialmente nas indústrias de tecnologia e automotiva.
Mudanças no comando de empresas marcam o início do segundo semestre no Brasil e na América Latina, refletindo um fenômeno global de alta rotatividade de CEOs.
Em 2024, 202 CEOs deixaram seus cargos, representando uma alta de 9% em relação ao ano anterior, segundo o Global CEO Turnover Report da Russell Reynolds Associates.
As principais razões para as mudanças incluem:
- Insatisfação de acionistas com resultados financeiros.
- Impatience com a recuperação das receitas.
- Pressão por resultados em setores impactados pela tecnologia.
Empresas como a Stellantis e a Mercedes-Benz estão trazendo novos líderes para enfrentar desafios específicos no mercado de veículos.
Além disso, a Nestlé e a Unilever também trocaram CEOs recentemente, algo raro para suas histórias.
A saída de Stéphane Maquaire do Carrefour e a transição planejada no Mercado Livre, com a promoção de Ariel Szarfsztejn para 2026, destacam a importância do planejamento nas sucessões.
O setor de tecnologia teve a maior taxa de rotatividade, com 40 CEOs substituídos, uma alta de 90%.
Novas nomeações incluem:
- Pablo Lorenzo no Carrefour Brasil.
- Ariel Szarfsztejn no Mercado Livre.
- Denis Güven na Mercedes-Benz.
- Ariel Montenegro na Renault.
- Luis Raganato no McDonald's.
- Rafael Lucchesi na Dasa.
Essas mudanças representam não apenas a renovação nas empresas, mas também a criação de novas oportunidades para talentos.