Uso ético da inteligência artificial é desafio na educação, segundo especialistas
Participantes do painel destacam a necessidade de discutir limites éticos e promover educação sobre o uso da inteligência artificial nas escolas. A tecnologia é vista como essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, mas deve ser utilizada de forma responsável para evitar injustiças sociais.
Integração da inteligência artificial na educação foi tema debatido no painel “Construindo um futuro com a I.A: inovação e educação para um Brasil mais conectado”, durante o Festival Led, Luz na Educação, na sexta (13).
A gerente sênior de Projetos e Processos na Fundação Bradesco, Barbara Frasseto, enfatizou que não é possível ignorar o uso da IA: “Os alunos já usam o ChatGPT para trabalhos.”
A fundadora da Mastertech, Camila Achutti, concordou, destacando a necessidade de educar os alunos sobre o uso responsável da tecnologia: “Precisamos orientar sobre límites e proteção de dados.”
Achutti também destacou que a tecnologia é essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável número 4 da ONU, que visa educação inclusiva e de qualidade. Ela acredita que é possível atingir essas metas até 2030 com o uso de tecnologia e IA.
João Alegria, secretário geral da Fundação Roberto Marinho, afirmou que a IA é “a bola da vez”, mas ressalvou que são as competências educacionais que preparam as pessoas para usá-la corretamente. Ele alertou sobre a necessidade de limites éticos no uso da ferramenta para evitar injustiças sociais e preconceitos.
No contexto da discussão sobre regulamentação das redes sociais pelo STF, os participantes concordaram que a criação de normas para IA não impede o desenvolvimento e testes com a ferramenta. Achutti argumentou: “Advogar por uma IA ética não quer dizer que você é retranqueiro.”