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Uso do FGC em solução privada para o Master gera impasse entre bancos privados

Divergências entre grandes bancos sobre a solução para o Banco Master indicam a resistência do Itaú Unibanco a usar recursos do FGC. Discussões envolvem a possibilidade de uma liquidação privada como alternativa a uma intervenção pelo Banco Central.

Discussões sobre o futuro do Banco Master geram divergências entre instituições financeiras.

O impasse envolve a liquidação privada (vender e renegociar ativos/passivos) versus a intervenção do Banco Central.

Nos últimos 15 dias, a Folha ouviu fontes que apontam que o Itaú Unibanco resiste ao uso do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para o chamado "bad bank" do Master.

O FGC protege depósitos até R$ 250 mil e é financiado por grandes bancos privados. O "bad bank" contém ativos de menor qualidade.

O Itaú quer transmitir uma mensagem clara sobre os riscos de negócios baseados em ativos frágeis.

O Master tem portfólio com precatórios de liquidez limitada, insuficientes para cobrir obrigações como os CDBs emitidos.

Bradesco e Santander também avaliam o uso do FGC na liquidação, preocupados com os efeitos sistêmicos de uma liquidação abrupta.

O BTG Pactual é um dos candidatos a gerir a liquidação privada, dependendo de uma proposta de Vorcaro ao Banco Central.

Em caso de liquidação extrajudicial pelo BC, o funcionamento do banco seria interrompido e o FGC bancaria passivos garantidos.

Divergências mobilizam reuniões entre instituições e o próprio presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Galípolo teve encontros com Vorcaro e presidentes de grandes bancos, mas as instituições não comentaram sobre o assunto.

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