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Uruguai quer analisar ideia da Argentina de flexibilizar o Mercosul, diz vice-chanceler

Uruguai se mostra cauteloso em relação à proposta de flexibilização do Mercosul feita pela Argentina. A diplomata Valeria Csukasi ressalta a prioridade do país em negociar em bloco, mas reconhece a necessidade de avaliar a flexibilização diante de uma agenda interna desafiadora.

Uruguai ainda não definiu posição sobre a proposta da Argentina para flexibilizar o Mercosul, segundo a vice-chanceler Valeria Csukasi.

A abordagem uruguaia contrasta com a do governo Lula, que se opõe a propostas de flexibilização. Apesar da relação amistosa entre Lula e o uruguaio Yamandú Orsi, Milei e Lula não se comunicam.

Csukasi afirma que o Uruguai prioriza acordos em bloco, mas a dificuldade interna pode levar a negociações flexíveis. O país busca abrir mercados na Ásia, mas descarta acordos bilaterais com a China.

Os chanceleres do Mercosul se reunirão em Buenos Aires para discutir a proposta argentina de “flexibilização dos acordos comerciais”, um foco mais amplo do que pedidos anteriores. Três propostas já foram apresentadas por Milei.

Csukasi observa que, se a agenda conjunta na negociação for a mais vantajosa, o Uruguai seguirá preferindo a negociação em bloco, mas reconhece que a falta de progresso pode requisitar flexibilidade.

A diplomata também comentou sobre a possibilidade de um acordo com a China, afirmando que, na prática, isso nunca se concretizou. A discussão sobre a adesão do Uruguai ao Acordo Transpacífico ainda não avançou devido à falta de sinais claros.

Sobre a relação com o Brasil, Csukasi mencionou a necessidade de avançar em projetos de infraestrutura e integração fronteiriça, buscando melhorar a realidade econômica.

Quanto à relação entre os países da região e os EUA, Csukasi sugeriu que é essencial encontrar uma agenda positiva de unificação e integração na América Latina, ao invés de enfrentar o governo de Trump.

Após a mudança de governo, o Uruguai pretende reinvestir na manutenção do Instituto de Políticas Públicas e Direitos Humanos do Mercosul, buscando colaborar com a reestruturação e continuar a promoção da integração regional.

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