Universidade Columbia fecha acordo com governo Trump e pagará multa para reaver verbas federais

Universidade Columbia anunciou, em 23 de outubro, um acordo com o governo de Donald Trump para encerrar uma disputa sobre financiamento federal.

O presidente havia suspendido subsídios, alegando que a universidade tolerou atos antissemitas.

Como parte do entendimento, Columbia pagará uma multa de US$ 200 milhões (aproximadamente R$ 1,1 bilhão) ao longo de três anos, em troca da retomada de bilhões de dólares em repasses públicos.

O governo federal acusou a universidade de não agir com firmeza suficiente para conter casos de assédio a estudantes judeus.

Em março, o governo havia suspenso ou cancelado subsídios e contratos totalizando US$ 400 milhões em retaliação.

Segundo a Columbia, "a grande maioria das concessões federais que haviam sido encerradas ou suspensas em março será restabelecida".

O Departamento de Educação dos EUA ainda não se pronunciou sobre o acordo.

A divulgação do entendimento ocorreu um dia após a universidade expulsar dezenas de alunos envolvidos em protestos pró-Palestina.

Esses atos se intensificaram no último ano, em decorrência da guerra entre Israel e Hamas e denúncias de parcialidade no tratamento de manifestações acadêmicas.

A multa representa um dos maiores acordos financeiros entre o governo federal e uma universidade americana por questões de discurso de ódio e conduta discriminatória.

O caso de Columbia tornou-se símbolo do embate entre liberdade de expressão, combate ao antissemitismo e ativismo político nos campi universitários dos EUA.