Unidas sofre com seminovos mas vê espaço para aumento da diária

UnidasR$ 5 milhões. O lucro anual foi de R$ 110 milhões, 18% abaixo do anterior. O principal fator foi o prejuízo de R$ 61 milhões na operação de seminovos.

O CEO Cláudio Zattar destacou a depreciação inesperada no preço dos seminovos, que caiu de R$ 6,9 mil para R$ 9,2 mil nos leves, e de R$ 20,7 mil para R$ 26,5 mil nos pesados. Apesar disso, a receita líquida no quarto tri foi de R$ 1,7 bilhão, uma alta de 12,1%.

Em 2024, a Unidas teve um crescimento de 22,3% em receita líquida, totalizando R$ 6,7 bilhões. Dois segmentos tiveram alta: venda de veículos (+13,4%) e gestão de frotas (+30%). Por outro lado, o aluguel de veículos caiu 4%, devido à redução na locação para motoristas de aplicativos.

A empresa adotou medidas para melhorar a rentabilidade, como a diminuição das compras e maior monitoramento da frota. No quarto tri, o EBITDA cresceu 18,8%, atingindo R$ 628 milhões.

O ROIC caiu de 14,5% para 12,2%, enquanto a alavancagem ficou em 3,5x. Zattar planeja reduzir esse número e vê potencial para novos aumentos de preços.

O braço de carros por assinatura, Unidas Livre, com 5,2 mil assinantes, deve dobrar neste ano. A idade média da frota aumentou de 11,6 meses para 13,1 meses.

Após quase seis anos no cargo, Zattar deixará a posição de CEO em abril, e o CFO Carlos Moreira assumirá. Zattar continuará como vice-chairman. O IPO da empresa é projetado para 2027.