Unidades de preservação não impedem exploração da Margem Equatorial, diz Marina Silva
Marina Silva defende que unidades de conservação podem coexistir com a exploração econômica na Margem Equatorial. Ministra assegura que a criação das reservas visa a proteção ambiental e não deve atrasar o licenciamento de atividades na região.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, defende que a criação de quatro unidades de conservação na Margem Equatorial não impede a exploração econômica da região.
A ministra participou de uma audiência pública no Senado nesta terça-feira, 27, para discutir a aceleração das unidades de conservação marinha. Ela negou que o Ibama esteja atrasando análises de forma proposital, afirmando: "O Ibama não facilita ou dificulta, cumpre a lei."
Apesar das preocupações de senadores do Norte sobre a dificuldade em explorar recursos naturais, Marina destacou que as unidades têm um papel estratégico e que não servirão como um obstáculo à exploração.
“Unidades de conservação são criadas dentro de um plano, não é algo isolado”, disse a ministra, ressaltando que a infraestrutura como oleodutos e portos não será impedida.
Ela respondeu a críticas do senador Lucas Barreto (PSD-AP) sobre a pobreza na região, esclarecendo que a exploração pode ocorrer desde que se siga o licenciamento ambiental.
Marina também criticou o novo marco do licenciamento ambiental (PL 2.159/2021), que permite um rito simplificado para obras “estratégicas”, podendo afetar o meio ambiente. Ela alertou que a análise prévia deve ser uma premissa.
A audiência também abordou a prospectação de petróleo na região Norte em comparação a bacias já exploradas. A ministra explicou que a maior cautela vem do envelhecimento e maturidade do País, garantindo cuidados ambientais necessários.