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Único consenso no ambiente global é que os EUA vão ter estagflação, diz Megale, da XP

Caio Megale destaca incertezas no cenário econômico global após reuniões do FMI e Banco Mundial, alertando para um potencial período de estagflação nos EUA. Ele também aponta a América Latina como possível beneficiária diante da mudança na demanda chinesa por commodities.

Caio Megale, economista-chefe da XP, participou do Morning Call nesta segunda (28) e relatou que o encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial gerou mais dúvidas do que definições.

Ele destacou que “o nome do jogo é incerteza”, com movimentos de tarifas sem precedentes.

Megale apontou a dificuldade de encontrar consenso entre a China e os Estados Unidos, afirmando que as negociações não avançam.

Segundo ele, os EUA enfrentarão um período de estagflação nos próximos 12 a 18 meses: PIB em baixa e inflação em alta.

As empresas estão receosas de investir devido às tarifas elevadas, o que impacta diretamente no índice de inflação, com produtos importados afetando tanto bens de consumo quanto insumos de produção.

Megale acrescentou que isso representa “inflação para cima e atividade para baixo”, tornando a operação do Fed (banco central dos EUA) desafiadora, com membros sinalizando cautela.

Ele observou que a Europa pode se beneficiar, já que investidores buscam portos seguros, contribuindo para a valorização do ouro e possibilitando cortes nas taxas de juros.

Apesar disso, Megale acredita que “o movimento é muito ruim para o mundo inteiro”, mas vê uma oportunidade positiva para a América Latina no fornecimento de commodities à China.

Ele concluiu dizendo que não percebem preocupações com a inflação e risco fiscal no Brasil, já que fatores domésticos pesam menos no atual ambiente global.

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