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Única mineradora de terras raras no Brasil é dos EUA e exporta sobretudo para China

A Serra Verde, primeira mineradora de terras raras do Brasil, enfrenta desafios na produção e concentração do material, impactando suas operações e preços no mercado. Com o aumento das exportações e o interesse dos EUA, o país busca desenvolver sua cadeia de valor em minerais críticos.

Brasil avança em mineração de terras raras: Desde 2022, o país já possui uma mineradora operando e exportando terras raras, com um aumento de 700% nas exportações no primeiro semestre de 2025, em relação a 2024.

O embaixador dos EUA, Gabriel Escobar, expressou interesse americano pelos minerais críticos brasileiros, destacando a relevância das terras raras, essenciais para tecnologias como ímãs em carros elétricos e painéis solares.

A Serra Verde, situada em Minaçu, Goiás, é controlada por fundos americanos e britânicos, com planos de produzir 5.000 toneladas anuais de quatro elementos magnéticos críticos. Em 2023, a mineradora exportou 480 toneladas, principalmente para a China, que domina o processo de refino.

A Serra Verde enfrenta desafios inesperados nas operações, exigindo a suspensão de atividades. Por não ter suas ações listadas, a empresa não precisa divulgar informações detalhadas.

O custo de produção é uma preocupação: a Serra Verde precisa vender o concentrado por pelo menos US$ 25 para viabilizar seu projeto, mas atualmente vende por uma média de US$ 14. O preço do concentrado globalmente é de cerca de US$ 5.

Fernando Landgraf, da USP, observa as dificuldades enfrentadas pela mineradora e destaca a importância de o Brasil não ser apenas um exportador. O BNDES está apoiando mineradoras em busca de desenvolvimento de cadeias de valor.

Projetos em andamento incluem uma iniciativa em Minas Gerais, onde 28 empresas buscam desenvolver ímãs permanentes de neodímio. Landgraf sugere que o Brasil deve usar suas reservas como uma vantagem nas negociações comerciais com os EUA.

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