União poderá ir à Justiça para evitar ‘jabutis’ em MPs do setor elétrico, diz Silveira
Ministro de Minas e Energia destaca que governo utilizará todas as ferramentas legais para manter a proteção ao consumidor. Ele também menciona propostas urgentes, como o leilão de capacidade e a possibilidade de retorno do horário de verão.
Ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, afirmou que o governo usará todos os meios, incluindo a judicialização, para impedir que jabutis vetados no projeto de eólicas offshore retornem às MPs no Congresso.
Silveira destacou que o novo modelo de Tarifa Social não deve ser alterado, apesar das resistências parlamentares, e acredita que a reforma do setor elétrico, em tramitação há 20 anos, precisa de um debate mais profundo.
Ele também ressaltou a importância do Luz do Povo, que beneficiou 60 milhões de brasileiros desde julho, protegendo-os de tarifas elevadas.
O ministro está analisando o retorno do horário de verão e buscando soluções para os cortes de geração, o chamado "curtailment". Além disso, mencionou leilões de gás e do pré-sal que podem gerar até R$ 34 bilhões.
Silveira acredita que o leilão de reserva de capacidade deve ocorrer no primeiro trimestre de 2026, após a conclusão de estudos e consulta pública.
Sobre as discussões políticas, ele enfatizou a necessidade de proteger o interesse do consumidor e garantir que nada contrarie isso será aceito pelo Executivo.
Silveira mencionou um acordo global para questões retroativas com as geradoras de energia e a urgência em resolver o "curtailment".
Ele informou que a MP do Auxílio Gás será lançada em agosto, beneficiando 17 milhões de famílias através do CadÚnico.
Sobre o cenário internacional, o ministro demonstrou preocupação com a instabilidade e reiterou a expectativa de que a Petrobras consiga reduzir preços de combustíveis.
Silveira destacou a importância de dialogar sobre as sanções internacionais e a busca por novos mercados para reforçar a soberania nacional.
Por fim, o ministro se mostrou aberto a discutir sua contribuição para o futuro político, enfatizando seu apoio à continuidade do governo do presidente Lula até 2030.