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União pode ter custo extra de ao menos R$ 16,25 bi se federalizar Cemig em troca de dívida de MG

A proposta de federalização da Cemig gera impasse financeiro entre o governo de Minas e a União. O debate em torno do valor das ações pode resultar em um custo significativo para o governo federal na compensação aos acionistas minoritários.

Governo federal pode gastar R$ 16,25 bilhões ao trocar dívida com Minas Gerais pelo controle da Cemig.

Um mecanismo tag along exigiria ofertas pela União por 80% do valor pago por ações ordinárias ao governo mineiro.

Atualmente, Minas possui 50,97% das ações da Cemig, avaliadas em R$ 7,2 bilhões, com a dívida total de Minas a ser descontada somando R$ 168 bilhões.

O governador Romeu Zema propõe avaliação superior ao valor atual de mercado, destoando da posição do Ministério da Fazenda.

Com a federalização, Minas deve repassar R$ 35 bilhões em ativos para uma redução de até dois pontos percentuais nos juros da dívida.

Se a União considerar o preço em Bolsa, o custo de indenização aos minoritários pode ser de R$ 7,1 bilhões se todos optarem por vender suas ações.

Além disso, a União terá que desembolsar R$ 5,3 bilhões referentes a debêntures e outros pagamentos relacionados à empresa Taesa.

A proposta de federalização enfrenta resistência; Zema e opositores divergem sobre o valor e benefícios esperados da federalização versus privatização.

A avaliação final dos ativos será feita pelo BNDES, que ainda não foi contratado para essa função.

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